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Amor, arte e movimento em foco - Esther Marcondes no Diário de Mogi


Desde criança Esther Marcondes se viu apaixonada pela dança. Foi aos sete anos de idade que ela disse para a mãe Edna Maria de Almeida Marcondes que iria brincar, mas na verdade acabou indo a uma aula de balé com uma amiguinha. Naquele dia, então, pediu que fosse matriculada nas aulas da modalidade e não parou mais de dançar. Depois, aos 13 anos, se encantou pelo teatro e também queria estar nos palcos interpretando. A infância e a arte continuaram, portanto, integralmente ligadas à vida da mogiana, que hoje é arte-educadora e especializada em dança materna. Esther acredita que a primeira infância é a fase essencial para a formação de bons adultos e para exemplificar o trabalho que faz carrega a tríade: amor, arte e movimento.


Durante a adolescência a arte ainda não era levada tão a sério por Esther. Mas assim que se formou no Ensino Médio resolveu que era isso que queria para a vida. Logo foi para São Paulo, onde morava com uma tia, que era dona de uma cafeteria na qual a mogiana trabalhava. Na Capital, fez uma série de cursos, oficinas e vivências para se especializar na dança e também na arte cênica.


Foram apenas cinco meses na Capital, mas assim que voltou para Mogi das Cruzes, em 2005, teve uma das experiências mais agregadoras de sua carreira. Ela integrou o Núcleo de Artes Cênicas do Serviço Social da Indústria (Sesi) e conta que pôde aprender muito, por estar sempre em contato com a filosofia e ensinamentos holísticos. Juntando isso aos cursos que tinha feito, percebeu que não tinha perfil para o balé clássico, mas sim para uma dança mais cênica e contemporânea.

Até 2008 ela narra que fez muitas coisas na Cidade, aproveitou os espaços públicos, como Casarão do Carmo e explorou áreas como o lado de fora do Teatro Vasques, praças e vagões de trem. Nestas ocasiões ela se apresentava dançando, algumas das vezes ao lado da também bailarina Fernanda Moretti, uma das tutoras de Esther na dança. Ismael Ivo, que é coreografo e bailarino, também foi uma das inspirações da mogiana. Ele a inspirava a ser nos palcos o que ela é na vida.





Quando começou a dar aulas de dança, a arte-educadora nunca havia pensado que as crianças seriam o seu destino. Mas sua ligação com o universo lúdico era inegável e para os pequenos isso é fundamental. Foi quando Esther começou a ministrar oficinas pela Secretaria do Estado de São Paulo e na Escola de Dança AJPS, onde trabalha há dez anos. Também prestou serviços ao projeto Garoto Cidadão, onde teve contato com uma série de métodos de pedagogia alternativa.


Em 2012 a mogiana já estava decidida e foi fazer Licenciatura em Dança, pela Faculdade Paulista de Artes – FPA, onde se formou em 2014. Nesta época entendeu então o que realmente queria fazer da vida e que as carreiras de artista e educadora se completam. A dramaturga Denise Stoklos incentivou ainda mais Esther quando a mogiana a mostrou uma cena do universo lúdico. Denise disse que definitivamente aquele era o caminho que a arte-educadora deveria seguir.

Agora, além de ministrar oficinas e vivências para as crianças acompanhadas pelos pais e mães, Esther dá aulas também de dança materna. A modalidade é voltada para crianças de colo e engatinhantes, com a intenção de fazer com que as mães tenham uma ligação com as crianças na primeira infância. Fazendo assim com que este investimento reflita no futuro dos pequenos.



Junto de João Henrique do Espírito Santo há dez anos, ela ainda trabalha na administração, no RH e no financeiro na empresa de design do marido, a Ocssó. Ao lado dele também faz pós-graduação em Biopsicologia, no Instituto Visão Futuro. (Larissa Rodrigues especial para O Diário)



Curto-Circuito Viver em Mogi é…um presente!

O melhor da Cidade é...O berço verde que nos acolhe. A energia da serra do Itapety e acesso a várias rodovias

E o pior?…Trânsito e pontos de alagamento.

Sinto saudade da…quando aos finais de semana meu pai colocava todo mundo no carro, bem cedinho, minha mãe fazia uma “marmitinha” de frutas e saímos sem rumo por Mogi mesmo. Andávamos horas de carro, sem pressa e sempre parávamos em um lugar lindo em meio a Natureza.

Encontro paz de espírito…no meu marido, no cheiro da minha mãe e dando colo para minhas gatas. Adoro dar colo.

Pra ver e ser visto...na feira do produtor rural na av. Cívica ou na Henrique Eroles.

Meu prato preferido é…aquele que é feito com amor e intuitivamente. Ser vegetariana quase vegana, me tornou uma alquimista na cozinha e potencializou o dom de minha mãe, minha avó e da minha sogra na cozinha.

Livro de cabeceira…Pensamentos de P.R. Sarkar.

Peça campeã de uso do meu guarda-roupa?.. Saião, flor no cabelo e lenço.

O que não tem preço? O amor das crianças. Isso Cura.

Uma boa pedida é…um bate volta na praia depois do expediente e convite pra dançar.

É proibido…Julgar. Triangulações (falar mal). Energia negativa.

A melhor festa é…a que todos preparam juntos. Acredito nas experiências em coletivo, em que todos pensam nas necessidades e esforços uns dos outros e a parceria é efetivada. A festa assim pra mim é celebração.

Convite irrecusável…Brincar, dançar, filme, pipoca, mar, cachoeira, passar um tempo com minhas sobrinhas e afilhado, por do sol e uma roda de mantra.

O que tem 1001 utilidades? A Natureza. Quanto mais você a respeita, mais abundância ela te oferta.

Meu sonho de consumo é…É viver dignamente com o que faço de modo sustentável numa rede de conexões e parcerias.

Qual foi o melhor espetáculo da minha vida? Estive em cena muitas vezes: no palco enquanto atriz e bailarina, concluindo etapas na minha formação com muito louvor, transmultando momentos difíceis, evoluindo e expandindo muitas crenças; E novos espetáculos como estes virão, mas o que me emociona é quando nas vivências que facilito, principalmente a de dança, vejo os adultos vibrarem de alegria quando estão vivenciando algo que não se oportunizam há anos, como brincar, dançar, cantar e se encantar com coisas simples da vida. É lindo, eu sempre me emociono. É a conexão com a criança interior.

Cartão-postal da Cidade…na decida da Mogi Dutra quando é possível avistar a cidade. Ali acontece meu ritual de gratidão por chegar em casa.

O que falta na Cidade? Crer nos seus. Senso de sustentabilidade em todos os sentidos.

Qual é a química da vida? Gratidão. Agradecer sempre! E dialogar e silenciar na maioria das vezes.

Deus me livre de…não ser lúdico, não levar criança a sério, não exercitar a capacidade humana de CRIAR!

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